O Anonymous Brasil resolveu deixar um pouco de lado seus ataques aos bancos que operam no país. Agora, o alvo são sites da Bahia, como uma forma de protestarem em prol da segurança no estado - já que a Polícia Militar da região está em greve há uma semana.
Depois de fazerem um barulho na internet com sua "manifestação" anticorrupção, na tarde da última segunda-feira (06), os hackers avisaram pelo Twitter: "Amanhã iremos fazer um BELO protesto à favor da Segurança Pública no Estado da Bahia. Esperem e observem o espetáculo".
Pedindo por uma "remuneração mais justa" para os baianos e alegando "solidariedade" para com o trabalhador local, o grupo anunciou a derrubada de grande parte dos sites com domínio "ba.gov.br", do governo da Bahia. "TANGO DOWN! 90% dos sites do estado da Bahia estão bailando em solidariedade ao trabalhador Baiano!", anunciaram.
Com seu "estilo justiceiro" aflorado, o grupo continuou: "Estamos ao lado dos policiais, professores, militares, operários... DE TODOS! Se hoje o Exército luta contra a PM na BA a culpa é do GOV!". "TODO cidadão merece salário digno para sustentar sua família independente de religião, raça, profissão etc. LUTE PELO SEU DIREITO!", exclamaram.
Atingida pelos Anonymous, a Prodeb, companhia de processamento de dados do estado da Bahia, chegou a atribuir os problemas de seu site a uma queda de energia. E, assim como o Bradesco, virou motivo de piada para os invasores. "E aí, PRODEB? Tem certeza que o problema é queda de energia? Seria mais bonito admitir o placar de 1X0 para nós! TANGO DOWN!", escreveram.
Mostrando uma pitada de consciência social (e sabendo dos problemas que poderia causar com o ataque à página da Secretaria da Fazenda), há pouco os hackers avisaram: "Já faz 24 horas que os sites da Bahia estão a bailar... Quem quiser usar o site da Sefaz Bahia, que use agora, vamos liberá-lo por 1 hora".
Antes de se despedirem (por enquanto) de seus seguidores, os Anonymous aproveitaram para deixar um recado. "Continuaremos os ataques aos sites governamentais da Bahia por tempo indeterminado", asseguraram.